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A transformação em mula sem cabeça é o castigo recebido pela mulher que se entrega sexualmente a um padre. Nas noites de quinta para sexta-feira, ou de sete em sete anos, ou na quaresma, enfim, a concubina transforma-se e parte em galope desvairado, pisoteando tudo o que encontra pela frente.
A mula-sem-cabeça ou burrinha-de-padre é mito de origem ibérica e ocorre em toda a América. No México, é chamada malora; na Argentina, mula anima. Também é chamada alma mula, mula sin cabeza, mujer mula e mala mula. Segundo Luís da Câmara Cascudo, apesar de algumas variações, sempre é a punição recebida pela "manceba" do padre. Viriato Corrêa a chama de cavalacanga.
Gustavo Barroso explica que a escolha da mula como a punição da mulher do padre, deve-se ao fato que desde a Idade Média, as mulas foram as montarias mais utilizadas pelos padres, por serem dóceis, resistentes e seguras. Animais incansáveis e bastante próximos da pessoa do padre, inclusive fisicamente.
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