quinta-feira, 23 de abril de 2009

LOTEANDO A ESPERANÇA


Não pense o leitor amigo que os muros limitam os sonhos; proposta de

limitar os morros com muros, solução que tenta resolver de imediato o que não se resolveu à séculos vai gastar dinheiro e não dará em nada. Quando muito pode gerar conflitos, reclamação e muita besteira.

É hábito de nossos gestores públicos criarem soluções imediatas que não têm continuidade, e terminam onerando os cofres do estado e a paciência do concidadão na forma de tapar buracos que termina por terra antes mesmo que o governo acabe.

Levantar muros e defender o verde parece sensato em um país desenvolvido onde o cidadão espera do governo algo mais que cobrança de impostos e repreensão contra o cidadão produtivo. Se a educação, que vai alem dos muros da escola, se a saúde que não se limita aos muros dos hospitais e a segurança onde a corrupção é vivenciada intra muros, funcionassem em todo o país, talvez diminuísse a migração indesejada que termina povoando os morros indevidamente.

Reclamamos quando outros paises erguem “muros” contra nossa migração, nos tornar inferiorizados não poder ir e vir pelo mundo e ainda sermos devolvidos na marra é inconcebível. Os que migram para o sul, desinformadamente, acreditam no que as novelas e a propaganda dizem. São vítimas da inocência que tanto agrada os políticos e atrasa o pais.

Não temos nenhum projeto de desenvolvimento; nosso crescimento é epilético, vive de crise em crise, nossos “gestores públicos” tem projetos pessoais bem acima dos projetos públicos, nossos políticos, bem é só abrir um jornal para que saibamos que caráter têm.

Levantar muros, colocar postes com boa iluminação, plantar árvores, qualquer coisa não resolvera o problema o ideal seria a melhora do transporte público sem agressões, a urbanização dos morros e educação consistente e consciente para todos. O partidarismo brasileiro é a maior prova da molecagem que é nossa política. Para que cresçamos só é preciso trabalho e idealismo desenvolvimentista, sem tantos ladrões, é claro, e então em tempo útil os problemas diminuirão sem afrontar tanto nossa cidadania e nossa dignidade.

Foto: Marcelo Carnaval / Agência O Globo